Ao passo em que a Associação Chapecoense de Futebol conquista, dentro de campo, resultados surpreendentes e expressivos – caminhando a passos firmes dentro dos seus compromissos da temporada – fora das quatro linhas a atuação da gestão verde e branca tem atuado, incansavelmente, a fim de recuperar a confiança, a credibilidade e, novamente, se tornar um exemplo. Ao encontro disso, o Departamento Jurídico firmou uma grande e inovadora parceria, que tornará a agremiação alviverde pioneira no que diz respeito adequação do clube à Lei Geral de Proteção de Dados.
Sancionada em agosto de 2018, a LGDP é considerada um marco na legislação brasileira. Por ser uma lei aplicável tanto a pessoas físicas quanto jurídicas – de direito público ou privado – que realizem qualquer tratamento de dados pessoais, é obrigação dos clubes – enquanto entidades de prática e administração esportiva – que se adequem à lei. A adequação da Chapecoense ao LGPD – que será seguida pela aplicação do compliance – foi viabilizada através de uma parceria com os advogados Kamilla Colombelli, CEO do escritório Colombelli Advocacia e Consultoria Jurídica, especializado em advocacia trabalhista empresarial, de Brasília, e, Rodrigo da Silveira Marques, sócio do escritório Marques & Fecchio Advocacia Empresarial, de São Paulo – profissionais altamente capacitados e renomados no segmento.
Conforme Ilan Bortoluzzi Nazário, Vice-Presidente Jurídico da Chapecoense, a concretização do projeto era um desejo antigo da Diretoria Executiva do clube, principalmente pelo compromisso ético de preservar os dados pessoais concedidos por colaboradores, sócios e torcedores. “Como o compliance é a área da organização responsável por garantir que a empresa atue de acordo com a lei e com as melhores práticas, será ele também o “guardião” da LGPD. Será um legado deixado para agremiação, resgatando-se a credibilidade e confiabilidade da Chapecoense no mundo dos negócios e principalmente no futebol” destaca Ilan.
Na última semana, em passagem por Chapecó, Kamilla e Rodrigo foram recebidos na Arena Condá e falaram sobre a oportunidade de realizar o projeto junto ao clube. Para Rodrigo, o sentimento é de honra. “Realizar na Associação Chapecoense de Futebol a adequação a Lei Geral de Proteção de Dados é uma enorme honra para mim. O time me conquistou com a paixão que percebi em todos os moradores da cidade de Chapecó, assim como pela incrível história e energia. Certamente será o trabalho mais marcante da minha carreira até aqui. Como todo time de futebol, a adequação a proteção de dados, além de ser muito necessária é também, igualmente desafiadora, uma vez que um clube destes é, na essência, composto de pessoas e seus dados pessoais” destacou.
Para Kamilla, a implementação do projeto junto à Chapecoense é o cumprimento de um propósito profissional e vai ao encontro do seu objetivo principal enquanto profissional: devolver para a sociedade o conhecimento que tem e, através disso, agregar valor à comunidade. “A Chapecoense arrebatou meu coração por sua força em se reerguer em meio ao caos, por sua paixão e comprometimento em preservar seu passado, mas abrir as portas para o novo. Estar com eles nessa busca, é algo que me marcará como profissional e como pessoa. Adequar um time de futebol as políticas de Compliance é desafiador, mas, totalmente necessário, pois, a cultura de integridade e ética, que já é intrínseca aos chapecoenses, será compilada em instrumentos que darão visibilidade aos seus princípios e valores” pontuou Kamilla.