A Chapecoense voltou aos trabalhos na última quinta-feira (02), e, desde então, as atividades da pré-temporada tem seguido em ritmo intenso. O grupo já está realizando treino com bola, mas, antes disso, o foco esteve voltado às avaliações científicas. Conforme o fisiologista Adriano, este processo – desenvolvido por uma equipe multidisciplinar – é fundamental para garantir o bom desempenho dos atletas. “Esse período inicial da pré-temporada é importante para que possamos fazer avaliações físicas, nutricionais, médicas, fisioterápicas. Então todo o contexto da parte científica, que envolve esses setores, trabalha bastante para que possamos identificar as carências desses jogadores e para que, posteriormente, possamos trabalhar de forma individual para evoluir eles gradativamente, de modo que estejam cada vez mais perto da performance ideal no final da pré-temporada e crescendo durante os jogos e as competições” .
Questionado sobre o condicionamento físico dos atletas no momento da reapresentação, Adriano exaltou o profissionalismo dos jogadores e a preocupação em retornar às atividades em boas condições. “Muitos deles nos perguntam, ainda no final do ano, o que eles podem fazer durante as férias. Eles receberam algumas orientações no final da última temporada e, pra eles, um mês distante das atividades de campo não zera a condição física. Eles já vêm de uma situação de um descanso merecido por participarem de todos os jogos e treinos, então é um período até mesmo necessário. Hoje em dia o atleta entende o que é preciso fazer pra que ele não chegue numa situação ruim, porque ele sabe que aqui também há uma competição e ele terá que disputar vaga com outros jogadores”.
Mesmo com o período curto de trabalho antes da estreia no Campeonato Catarinense – que acontece no dia 22, contra o Avaí – o preparador físico Alexandre Souza falou sobre a realização de trabalhos específicos com cada atleta e de que forma isso está sendo feito a fim de diminuir o risco de lesões e aprimorar aspectos físicos, técnicos e táticos. “Com a tecnologia, fica mais fácil de controlar as cargas. (…) Hoje, através de um trabalho com bola, eu consigo saber o quanto um atleta percorreu ao final dos treinos, tanto de quilômetros corridos quanto distância em alta intensidade. É um pouco mais fácil colocar, desde o início da pré-temporada, um trabalho técnico com bola, pois o atleta consegue suportar bem as cargas e trabalhar a resistência específica. (…) As lesão é inerente ao esporte de alta-performance. Os cuidados foram tomados ano passado e estão sendo tomados neste ano também. (…) O controle é individual, a carga é com progressão, pra gente poder, até o primeiro jogo, estar com os aspectos físicos, técnicos e táticos bem aprimorados”.
A respeito da formação do time titular da Chapecoense para os compromissos da temporada, Adriano destacou que a escolha passa por uma junção de fatores. “À medida que os treinos vão ficando mais abertos, mais técnicos e táticos, o Émerson Maria vai conseguir ter uma ideia de sistema de jogo e escolha de jogadores. Em cima disso ele vai preconizar as três áreas. (…) A escolha do time vai ser em cima destes pilares: físico, técnico, tático e comportamental também”.
Por Alessandra Seidel