“A esperança é o que me move”

Depois do empate contra o Goiás na partida do último domingo, o elenco alviverde retomou os trabalhos na manhã desta terça-feira. No CT, a Chape iniciou as atividades visando o confronto contra o Fluminense, no próximo sábado, no Rio de Janeiro. Pelo Brasileirão, a Chape ainda tem onze compromissos e, apesar da situação adversa, o zagueiro e capitão Douglas falou sobre a importância de manter a confiança. “Sei que o nosso momento é delicado, é difícil, o momento mais difícil que já enfrentei na Chapecoense. Mas a esperança é o que me move. O que me traz aqui. O que me faz continuar trabalhando e acreditando. Porque enquanto houver chances matemáticas de reverter essa situação, é possível”.

Douglas lamentou que o time tenha deixado a vitória escapar no jogo contra o Goiás, mas falou do inconformismo do grupo diante da situação. “O pós-jogo foi horrível. Todo mundo sentiu o empate, porque criamos uma situação, conseguimos fazer um grande primeiro tempo, mas voltamos pro segundo e fizemos um jogo totalmente diferente. É complicado. Tomar o gol no final também. Mas não dá pra ficar lamentando, porque já passou”. O capitão falou da importância de administrar o fator psicológico e, desta forma, chegar aos resultados positivos.

Em suas manifestações, o zagueiro foi enfático ao defender o técnico Marquinhos e abste-lo de qualquer responsabilidade. “De todos, o que tem menos culpa é o Marquinhos. Ele pegou o nosso time numa situação bem difícil, bem delicada, com pouco tempo de trabalho. Chegou nessas semanas em que praticamente não tinhamos tempo pra treinar. Pouco se podia fazer em questão de treinamentos, mas mesmo assim ele conseguiu colocar um pouco da ideia de jogo que ele gosta e a nossa equipe conseguiu ter uma pequena evolução. O que nos atrapalha é que a evolução não veio com resultados. Fizemos bons jogos contra grandes equipes, mas só jogar bem não é suficiente”.

Por fim, Douglas – que está na Chapecoense desde 2017 – reiterou a sua confiança no grupo e afirmou que, enquanto houverem oportunidades de lutar pela permanência, a Chape seguirá trabalhando e acreditando. “Eu estou aqui há mais de dois anos, já passei por diversas situações aqui no clube… Mas eu tenho que acreditar no meu grupo, não posso abandonar jamais, independente das peças. Tenho que acreditar até o final e esse tem que ser o sentimento de todos. A partir do momento que deixarmos de acreditar, as coisas não vão acontecer”.

Por Alessandra Seidel

Foto: Márcio Cunha/ACF

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