No final do último mês o Departamento Jurídico da Associação Chapecoense de Futebol – representado pelo advogado Marcelo Zolet – esteve presente no Simpósio “Todos juntos contra a violência”, promovido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportivo – STJD, na sede da CBF. Na oportunidade, foram apresentadas três palestras com temas pertinentes ao motivo central do simpósio. O ex-jogador Mauro Silva falou sobre a contribuição do atleta na diminuição da violência, o auditor Marcelo Jucá falou sobre justiça desportiva e a promotoria de São Paulo falou sobre a violência no futebol.
O principal objetivo do simpósio foi propor e apresentar aos clubes sistemáticas de trabalho para tentar diminuir a violência nos estádios. Entre as questões discutidas, entrou em pauta o fato de que as medidas que têm sido aplicadas como punição – como a perda de mando de campo direcionada aos times – não atingem, de fato, os causadores principais das brigas e confusões. Como proposta para solucionar esta questão, a ideia principal é lançar, em 2018, a exigência da biometria – sendo que, primeiro, essa medida seria aplicada às torcidas e, posteriormente, a todos os torcedores. “O principal é identificar o torcedor, por isso o caminho é a biometria. Essa ferramenta permitirá a punição individual no âmbito esportivo, além de fornecer elementos para a polícia civil e o judiciário julgarem, depois, o ato civil ou criminal praticado”, ressalta Marcelo.
Outro elemento apresentado foi o fato de que a violência nos estádios tem exigido a presença de muito policiais – civis e militares – e até mesmo guardas de trânsito, exigindo que os administradores públicos retirem policiais das ruas para atender a segurança no evento esportivo – algo que, em época de crise de segurança gera muitas queixas da população.