Presidente da Comissão de Segurança fala sobre a importância da Polícia Militar

Na última semana, a Presidente da Comissão de Segurança da Associação Chapecoense de Futebol, Adriana Gottardi, participou de um bate-papo com representantes da Polícia Militar. Na oportunidade, Adriana Gottardi falou ao 6º Batalhão da Polícia militar de Lages, que estava em treinamento em Chapecó.

O treinamento foi promovido pela própria PM, que acionou a diretoria alviverde a fim de que um representante do clube conversasse com os policiais. Partiu do Presidente Plinio David De Nes Filho a intenção de indicar Adriana, como forma de destacar a importância do trabalho dos militares em eventos esportivos. Em sua fala, Adriana falou sobre os desafios da profissão e, principalmente, sobre tudo o que os policiais enfrentam a fim de garantir a segurança da população – neste caso, em específico, de cada torcedor presente no estádio.

Por fim, a Presidente da Comissão de Segurança leu aos militares uma mensagem – redigida por ela – onde fala sobre a esperança de que, um dia, as corporações recebam o devido reconhecimento.

Confira a mensagem na íntegra:

“Eu sempre pensei que se o torcedor tivesse que ficar de costas para o campo por um ou dois minutos durante uma partida decisiva, talvez ele entenderia o que é ser um Policial Militar que atua durante os jogos. Que se o torcedor tivesse que abrir mão, nem que fosse por trinta segundos, da sua condição de torcedor e virasse de costas para o campo durante a batida do pênalti, para olhar para si próprio e para os outros torcedores, talvez ele entenderia a tensão que é ser um Policial Militar que atua nos jogos. Que se na iminência do risco, ele virasse de costas para o campo e se sentisse responsável pela sua própria segurança e pelos atos imprudentes que viesse a cometer, e que nesse momento sentisse que evitar qualquer tipo de violência dependesse única e exclusivamente dele, talvez ele entenderia a importância da presença do Policial Militar que atua nos jogos. Quando se olha pro campo, quando se fixa o olhar na bola, talvez a presença do Policial Militar, muitas vezes, passe despercebida. Mas a gente sabe que eles estão lá. É isso que nos dá a segurança de poder ser, nessa hora, torcedor. Eu costumo dizer que há um contrato de confiança, há em campo e fora dele alguém que eu possa recorrer em emergência, que me possibilita levar a minha família para a arquibancada. Nossos heróis não estão apenas  em campo, correndo atrás da bola. Eles estão de costas, no meio da torcida,  fora do estádio zelando pela nossa segurança. Eles usam fardas, estão por toda parte até mesmo quando não o vemos. E quando buscamos ajuda e alguém nos diz: Polícia Militar qual a sua emergência? É como se ouvíssemos: Eu estou aqui pra te ajudar! Nossos heróis que são de carne e osso, que também tem família e que muitas vezes as deixam em casa desprotegidas para proteger a nossa,  deveriam ser condecorados todos os dias. E não estou falando de medalhas. Estou falando de reconhecimento! Quando eu olho pro campo vejo dois tipos de heróis. Os que nos trazem alegrias e os que nos garantem essa alegria até o fim da partida. Penso que cada torcedor ao deixar o estádio deveria estender a mão e agradecer, a cada um, como  quem agradece a quem lhe preservou a vida. Porque é exatamente isso que o Policial Militar em campo representa! A certeza de que vamos assistir a partida do nosso time do coração e sair tal como chegamos. Com vida! Com alegria pela vitória ou tristeza pela derrota, mas sobretudo com vida, ilesos e seguros. Que nada vai acontecer como nossa família, com nossos filhos. Se a sociedade pudesse entender que o Policial Militar em campo é, e sempre foi um representante do bem coletivo, se pudéssemos abrir os olhos e deixar de embolar conceitos e críticas absurdas que não levam a nada, se a nossa idolatria por pessoas que sequer sabem que existimos, se estendesse por quem de fato nos protege todos os dias…  Se o nosso desprezo, mesmo que inconsciente, se transformasse em gratidão… quanto bem não faríamos aos nossos heróis de verdade, de carne e osso…DE FARDA. Se somos capazes de eleger ídolos pelo simples impacto visual e muitas vezes, até colaborar para que se tornem ainda mais famosos e reconhecidos, porque não podemos direcionar nosso reconhecimento a quem está tão próximo da gente, tal e qual como um amigo da família?  É assim que eu vejo o Policial Militar. É preciso que a sociedade, através de gestos simples passe a dar valor  a quem de fato coloca a própria vida em risco para defender a nossa. Este é o Policial Militar que  você vê ali, muitas vezes de costas para o campo e de frente pra o torcedor, esse é o homem, a mulher a quem devemos reverenciar. E eu espero sinceramente, que esse dia chegue logo, que a sociedade entenda seu papel e tenha gratidão. Para que falas como essa, não se tornem redundantes e desnecessárias. Aos Policiais Militares, a suas famílias e a corporação. Meu muito obrigado”.

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