Primeiro título internacional de base da Chape completou 7 anos em 2023

Conquistar o mundo com a magia do futebol é o desejo de muitos brasileiros. Essa vontade não foi diferente para os nossos jovens atletas da categoria sub-17 em 2016. Do sonho para a realidade, uma trajetória árdua em território europeu recompensou o trabalho realizado na base há anos. A conquista invicta da Golden League sacramentou o primeiro título internacional da história de nossas categorias. 

Em parceria com a Escola Estadual Pedro Maciel, a Chapecoense representou o Brasil com o escudo da Confederação Brasileira de Desporto Escolar (CBDE). O atleta Eduardo Cenci relembrou os passos que credenciou o Verdão na competição internacional: “Disputamos o Campeonato Brasileiro Escolar de Futebol na cidade de Goiânia, ficamos vice-campeões e garantimos a vaga para jogar na França”. Ele ainda recordou a última participação na Guatemala, na qual a conquista bateu na trave com o vice-campeonato, e a primeira participação, com sede na França, quando a desclassificação ocorreu nas oitavas de final. 

Com a classificação, a delegação da Chapecoense embarcou na sexta-feira, dia 27 de maio, e fez conexões nos aeroportos de Florianópolis, São Paulo e Suíça até chegar na França. “Todos estávamos felizes e com enorme expectativa de sairmos campeões, pois sabíamos que poderia ser o primeiro título internacional da Chapecoense.” A competição ocorreu no final de maio e início de junho, em Lille, na França. Ao chegar em território francês, a equipe alviverde ficou hospedada em uma pousada afastada da cidade, juntamente com as seleções escolares da Índia e da França, como informou Eduardo. 

Em pé: Igor Campos, Luiz Giongo, Pericles Maier, Clauci Ramos, Pedro Galina, Júlio Ranzi, Guilherme Puhl, Gabriel Tenda, Matheus Souza, Eduardo Cenci, Pedro Zardo e técnico Agnaldo Pereira. Abaixados: Representante CBDE, Matheus Pallaoro, Guilherme Kerckhoff, Guilherme Ned, Eduardo Patrick, Alisson, Matheus Beal e Matheus Gilioli.


TRAJETÓRIA
Ao total, cinco partidas foram disputadas com 16 gols marcados e somente um tento sofrido. A estreia na primeira fase foi diante da equipe da Índia e o placar elástico de 6×0 atribuiu a confiança logo no início aos jovens atletas. Na partida seguinte, a Chape enfrentou os donos da casa e a vitória por 3×1 garantiu a classificação para as quartas de final. O adversário, na ocasião, foi a seleção da Romênia, que não conseguiu parar as ofensivas do Brasil e foi superada por 2×0. A vitória na semifinal, também por 2×0, à frente da equipe de Réunion garantiu à equipe brasileira, pela segunda vez consecutiva, na final da Golden League.

FINAL
Se em 2015 o revés de 2×1 para a equipe da Turquia adiou o sonho do triunfo internacional, em 2016, a bandeira brasileira firmou-se no lugar mais alto do pódio. A Chape teve pela frente a França, em domicílio adversário. Mas ao iniciar a partida, as terras francesas tornaram-se chapecoenses. Clauci Ramos abriu o placar ainda no primeiro tempo e Eduardo Patrick Dias Campos aumentou a vantagem na segunda etapa. 

O 3×0 saiu, no lado esquerdo adversário, novamente dos pés do camisa 11, Eduardo Patrick. “Driblei três marcadores e chutei da meia lua no canto”, memorizou a jogada. O ponta esquerda foi o artilheiro da competição com seis tentos. “Fazer gol é sempre bom, mas em uma final tem um gostinho especial.” Após os três segundos do apito final, a Seleção Brasileira Escolar, representada pela categoria sub-17 da Chapecoense em parceria com o Colégio Pedro Maciel, sagrou-se campeã da Golden League pela primeira vez da história.

TÍTULO INTERNACIONAL
“Premiou a equipe que levou só um gol na competição”, disse, na época, o técnico Agnaldo Pereira. Ele complementou que a primeira colocação coroou o trabalho realizado pela Chapecoense juntamente com o Colégio Estadual. Para o volante Eduardo Cenci, representar a Chapecoense e o Brasil na competição foi “uma experiência incrível e de grande responsabilidade”. Em 2023, o dia 5 de junho marcou sete anos do primeiro título internacional da história da base da Chapecoense. 

 

Fotos: Divulgação/CBDE
Texto: Carla Cenci/ACF

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