Perto da estreia, fisiologista e preparador físico falam sobre trabalho realizado na pré-temporada

A Chapecoense estreia no Campeonato Catarinense neste sábado (14), diante do Avaí, na Arena Condá. Desde o dia 14 de dezembro, quando houve a reapresentação do elenco, fora dos gramados o staff e a comissão técnica alviverde trabalham incansavelmente para auxiliar os atletas a atingirem os melhores níveis físicos possíveis para a primeira partida da temporada.

Em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (12), o preparador físico do Verdão, Alexandre Souza, afirmou que o grupo se apresentou muito bem nas avaliações realizadas até aqui. “São atletas preocupados com o seu estado físico. (…) Estamos muito satisfeitos com o tempo de trabalho. (…) Há um período ainda de adaptação, mas a tendência é a gente melhorar nossos níveis de performance a partir da estreia”.

Para o fisiologista Sedinei Copatti, a pré-temporada deste ano tem sido bem mais tranquila, já que nos outros anos muitos jogadores foram acometidos pela Covid-19. “O que estamos vendo hoje é um cenário totalmente diferente. (…) A gente se apresentou com alguns dias de antecedência. Em 2020, algumas pessoas treinavam pela manhã, outras à tarde, e a gente não tinha o melhor ambiente possível para trabalhar. Fomos campeões da Série B e o último jogo foi dia 28 de janeiro e nos apresentamos no dia 08 de fevereiro, então não havia nem período para que o atleta descansasse. Em 2022, também tivemos casos de Covid, o que dificultou muito”.

Como atividades preparatórias, a Chapecoense realizou três jogos-treino até a estreia do Catarinense: contra o Azuriz-PR, a equipe Sub-20 da Chape e também diante do Ypiranga-RS. Para Alexandre, as três atividades foram de grande importância, independentemente do resultado obtido. “Houve uma melhora do primeiro jogo para o terceiro jogo, tanto na parte física quanto nos aspectos técnicos e táticos. (…) A pré-temporada foi de grande valia e sinto que o grupo está cada vez mais preparado para iniciar a competição”.

Na oportunidade, Sedinei declarou que apesar dos níveis físicos serem considerados bons para o momento, por natureza, ainda há caminho por percorrer. “Acreditamos que pela quarta ou quinta rodada a gente já vai ter uma equipe muito mais competitiva, mais forte, mais resistente e dando conta de todas as demandas que o jogo exige”.

O fisiologista explicou ainda que no dia a dia os atletas os levam algumas situações corriqueiras como desconfortos em determinadas regiões e também cansaço. Somente após esse processo os atletas são liberados para o treinamento. “A gente faz as leituras dos nossos equipamentos e através disso a gente planeja e reproduz um trabalho específico para o dia e para aquele atleta. Assim, ele não fica sem nenhum conteúdo, não fica sem trabalhar e também a gente não expõe ele a uma atividade que pode futuramente trazer algo indesejado”.

Sobre isso, Alexandre Souza complementou e declarou que “esse período da pré-temporada é para isso, equalizar todas as valências. Alguns são mais fortes, outros mais resistentes; uns recuperam mais rápido de um treino para o outro, outros não. Dessa forma, junto com o Departamento de Saúde como um todo, trocamos informações para que a gente passe essa informação cada vez melhor para o Bruno (treinador) e ele consiga sempre ter os atletas descansados para as competições que virão”.

Texto: João Vítor Heemann/ACF

Foto: Julliana Paulino/ACF

Assista a coletiva na íntegra:

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