Dez dias de intervalo separam o último jogo da Chape do próximo compromisso da equipe alviverde na Série B do Campeonato Brasileiro. Entre as vantagens do espaço maior de tempo até a partida contra o Novorizontino – que acontecerá na próxima quarta-feira (10) – uma das principais é a possibilidade de recuperar e reintegrar atletas que estavam entregues ao Departamento Médico do clube.
Nesta semana, Marcelo Freitas e Frazan passaram pelo processo de transição física e voltaram a treinar juntamente com o grupo principal. Ao longo da semana que vem, mais atletas que estavam entregues ao Departamento de Fisioterapia devem seguir o mesmo caminho e voltam a estar à disposição de Marcelo Cabo para a sequência da Série B.
Atualmente, estão no Departamento Médico apenas os atletas João Cesco, Marcelo Santos e Orejuela. No processo de transição – o último antes de serem liberados para retomar as atividades – estão Betinho, Caio Rangel, Derek e Tiepo.
Para passar ao processo de transição, o atleta em questão deve atingir determinados níveis previamente estipulados pelo Departamento de Fisioterapia. Este número é de 75%. “Os jogadores sempre utilizam o GPS, onde a gente consegue analisar quantos quilômetros ele fez e sua respectiva velocidade. Tudo isso vai para um banco de dados e então a gente seleciona a melhor partida do atleta em números, faz um cálculo de 75% desse melhor jogo que ele teve e o deixa nesse nível para realizar a sua liberação para a transição”, explica o fisioterapeuta Marcos Bilibio.
Avaliação do trabalho
Diego Fadeuille assumiu a coordenação do Departamento de Fisioterapia no dia 18 de janeiro deste ano e junto de Almir Walker e Marcos Bilibio, atua na recuperação dos atletas lesionados. Conforme o coordenador, o trabalho realizado está de acordo com o esperado. “Nós não estamos sozinhos, trabalhamos em conjunto entre os departamentos de preparação física, medicina, nutrição e fisiologia. As coisas aconteceram positivamente e estamos tendo um número baixo de lesões em comparação com a temporada passada”. Ainda conforme Diego, por conta da alta carga de partidas sem intervalo ideal, houveram alguns percalços, mas os atletas têm voltado no tempo correto sem grandes problemas.
Um dos casos que merece destaque no que se refere a recuperação é do atacante Caio Rangel, que não joga desde o dia 20/03, quando atuou os 90 minutos da partida contra o Concórdia. Logo depois, o atleta sofreu múltiplas lesões nos ligamentos e estruturas de estabilização da articulação do joelho. De acordo com Diego, o Departamento Médico do clube optou por realizar um tratamento conservador e, através da resposta desse tratamento, se pensaria em um procedimento cirúrgico. “Não foi preciso, o Caio respondeu muito bem ao primeiro processo com os médicos e depois com a fisioterapia. Ele está em transição há quase 30 dias e tem uma evolução bastante satisfatória, que é realizada com excelência pelo Gabriel Martini – responsável pela transição dos atletas”. Com o atacante muito próximo de voltar a trabalhar com o grupo, o coordenador avalia que este foi um ‘case’ de sucesso do Departamento Médico como um todo.