Especial 47 anos: Da Associação à Chape, a história de José Luiz Kroth com o Verdão

Quantas pessoas tem propriedade para falar que acompanham a Chapecoense desde os primeiros passos do clube? O senhor José Luiz Kroth tem. Desde 1973, quando ainda tinha nove anos, ele reunia os amigos para assistir os treinos do Verdão – que aconteciam no campo do Colégio São Francisco. Na época, a nossa “Chape” era a “Associação”, o time de uma cidade que – nem no mais otimista dos pensamentos – imaginava que se projetaria ao mundo.

José cresceu junto com a Chapecoense. Mas mesmo tendo acompanhado de perto toda a sua ascensão, a melhor lembrança é uma das mais antigas: a do título de 1977, o primeiro da história verde e branca.

“Eu tive o prazer de, com 13 anos de idade, ver minha Chape ser campeã pela primeira vez, com um gol do Jaime quase no final do jogo. E ainda foi um gol meio sem querer, já que ele estava na ponta direita e, ao driblar para dentro, cruzou com a perna esquerda e a bola fez uma curva sentido ao gol, pegando o goleiro saindo do gol. O gol do título foi com a bola encobrindo o goleiro. Depois disso, ficamos ficamos a noite toda subindo e descendo a avenida Getúlio Vargas, comemorando a conquista”. 

A paixão pela equipe alviverde também fez com que José viajasse o estado acompanhando o time. Como diretor de uma das primeiras torcidas organizadas do clube – a extinta “Furacão D’Oeste” – visitou inúmeros estádios de Santa Catarina, carregando um bandeirão e incentivando a jovem Chapecoense em todos os seus desafios.

Os anos de fidelidade ao time garantiram que o torcedor acumulasse – além das memórias – uma série de relíquias: fotos dos primeiros times, pôsteres autografados pelos ex-jogadores e até uma cartela dos bingos que eram realizados pelo clube. E a história continua: José afirma que – ao lado da esposa Helena – não falta em nenhum jogo do Verdão. E mesmo em meio aos tempos difíceis, faz questão de lembrar de tudo o que o clube já superou para valorizar ainda mais os bons momentos e as lembranças – que ficam pra sempre.

Por Alessandra Seidel 
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