Trabalho, conceito e conhecimento: Marquinhos Santos é o novo técnico da Chapecoense

A Associação Chapecoense de futebol apresentou, na manhã desta terça-feira (17), o técnico que ficará a frente da equipe até o final da temporada 2019. Trata-se de Marquinhos Santos, de 40 anos, que chega com a missão de tirar o time alviverde da zona de rebaixamento e mantê-lo no primeiro escalão do futebol nacional.

Apesar da pouca idade, o novo comandante tem um currículo recheado. Ele iniciou a sua carreira como treinador em 2003, atuando nas categorias de base do Athlético Paranaense, do Coritiba e das Seleções Sub-15 e Sub-17. No futebol profissional, tem passagens pelo Coritiba, pelo Bahia, pelo Fortaleza, pelo Figueirense, pelo Paysandu, pelo Londrina e pelo São Bento. Mas recentemente, Marquinhos esteve a frente do Juventude e comandou a equipe jaconeira no acesso da Série C à Série B do Campeonato Brasileiro.

Na coletiva de oficialização – que aconteceu na sala de imprensa da Arena Condá – o Presidente em Exercício, Paulo Magro, deu as boas vindas ao novo treinador e falou da sua importância no momento vivido pelo clube. “É um momento muito importante na história da Chape a partir de agora. Estamos convictos e certos de que a nossa escolha – que foi unânime – vem para nos ajudar a passar por esse momento difícil. Esse momento é um marco. Temos o prazer em apresentar o Marquinhos Santos, que tem um currículo que dispensa comentários. Ele conta com a confiança de toda a diretoria e vamos estar juntos nessa caminhada que será exitosa” afirmou.

Na sua primeira fala oficial enquanto novo técnico da Chape, Marquinhos fez questão de destacar a história do clube e, principalmente, de reafirmar a confiança no elenco. Para o treinador, o convite da Chapecoense era irrecusável. “Um clube, uma instituição, que tem a história da Chapecoense, você não pode negar um convite. O que me fez aceitar esse desafio, mesmo sabendo da dificuldade, primeiro foi o grupo de atletas. Eu vejo o elenco com potencial para sair desse momento. (…) A nossa competição é de nove equipes. E dentro dessas nove equipes, temos que acabar entre os cinco primeiros” disse.

Para o desafio que tem pela frente, Marquinhos Santos falou da importância de contar com o apoio do torcedor. “Tive a oportunidade de jogar aqui com o Coritiba, Bahia e Figueirense. Sei da dificuldade que é jogar contra a Chapecoense na Arena Condá. Essa torcida fará a diferença novamente, assim como sempre fez e levou a Chapecoense a grandes conquistas. Está na hora de a torcida abraçar o time. Nós precisamos do torcedor como nosso 12º jogador. Independente de qualquer questão política, situação financeira, temos que focar no campo. Temos 19 jogos, dez semanas para tirar a Chapecoense do buraco. 19 jogos. 19 decisões. Começa domingo”.

Além da fala firme e enfática, Marquinhos afirmou que a bagagem que traz para ajudar a Chapecoense a se recuperar no Campeonato Brasileiro é recheada de trabalho, conceito e conhecimento. Das experiências adquiridas com o futebol, o professor destacou a lição aprendida com o meia Alex, quando treinou o atleta – que foi referência dentro de campo e segue sendo fora dele – no Coritiba. “Chego para blindar um vestiário. Eu digo sempre isso. Aprendi com um craque, um mito chamado Alex. Em 2012, quando assumi o Coritiba, ele ainda não estava. Chegou no final de 2012, me chamou e disse isso: ‘o primeiro sucesso de um time passa pela blindagem de um vestiário. Ele está nas tuas mãos. Agora tu controla’. Você ouvir isso de um cara como o Alex, tem que se valorizar e tem que se aprender. Então, o vestiário agora é conosco. E o vestiário é sagrado. Muita lealdade, muita transparência, muito olho no olho”.

Na tarde desta terça-feira (17), Marquinhos comanda o primeiro treino à frente do grupo alviverde. A atividade acontece no CT da Água Amarela, às 15h30.

Por Alessandra Seidel

Foto: Márcio Cunha/ACF

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